OFERTAS E NECESSIDADES DE EDUCAÇÃO PERMANENTE SEGUNDO CIRURGIÕES-DENTISTAS ATUANTES EM REGIÕES RURAIS DO DISTRITO FEDERAL

Robert Henrique Santos Sales, Josué Miguel de Oliveira, Victor Igor Carvalho de Araújo, Kellen Cristina da Silva Gasque

Resumo


Objetivos: este trabalho tem como objetivo analisar a percepção de Cirurgiões-Dentistas da equipe de saúde bucal atuantes em regiões rurais (eSB-rurais) do Distrito Federal (DF), acerca das necessidades de Educação Permanente em Saúde (EPS) e ofertas de EPS disponibilizadas pela Secretaria de Estado de Saúde do DF e do Sistema UNA-SUS. Metodologia: realizou-se um estudo qualitativo de caráter exploratório e descritivo para compreender a dinâmica da educação permanente da eSB-rural. Nesse contexto, foram entrevistados 05 cirurgiões-dentistas da força de trabalho da atenção básica de regiões rurais. Os participantes foram contatados em as entrevistas foram realizadas utilizando o software Microsoft Teams. Foi utilizado questionário semiestruturado e seu conteúdo analisado através do Discurso do Sujeito Coletivo e Análise Estatística Textual Multidimensional (IRaMuTeQ versão 0.7 alpha 2). Resultados: identificou-se que as ofertas de educação permanente para os cirurgiões-dentistas que compõem as equipe de saúde bucal rural no DF são insuficientes. A integração profissional das equipes da estratégia saúde família e eSB durante as atividades e ações de educação permanente também não foram identificadas, levantando a hipótese de maior necessidade de formação integrada e de temáticas alinhadas com o território. Conclusão: identificar e reconhecer necessidades de qualificação profissional comuns e constatar, separadamente, quais são alinhadas com a realidade do território constituem estratégias para a educação permanente em saúde. Evidencia-se a necessidade de estímulo às ações de EPS para odontólogos das eSB-rurais, com foco nas temáticas de interesse e nas necessidades inerentes ao ofício deste cenário de trabalho.

Palavras-chave


Serviços de Saúde Rural; Equipe de Saúde Bucal; Educação Permanente

Texto completo:

3

Referências


Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa. Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestão Participativa. 1. ed.; 1. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2013.

Roberto LL, Noronha DD, Souza TO, Miranda EJP, Martins AME de BL, Paula AMBD, et al. Falta de acesso a informações sobre problemas bucais entre adultos: abordagem baseada no modelo teórico de alfabetização em saúde. Ciênc Saúde Coletiva. 2018 Mar;23(3):823–35.

Abramovay, R. Funções e medidas da ruralidade no desenvolvimento contemporâneo. Rio de Janeiro: Ipea, 2000. 31 p.

UNA-SUS. REDE UNA-SUS. Disponível em: https://www.unasus.gov.br/institucional/rede. Acesso em: 23 mar. 2023.

Brasil. Dispõe sobre as diretrizes para a implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde. Portaria. Brasília, DF: Ministério da Saúde, n. 1996.

Distrito Federal. Estabelece a Política de Atenção Primária à Saúde do Distrito Federal. Portaria. Brasília, DF: Secretaria de Estado de Saúde, n. 77.

Lefèvre F, Lefèvre AMC. O discurso do sujeito coletivo: um novo enfoque em pesquisa qualitativa (desdobramentos). Caxias do Sul: EDUCS; 2003.

Lefèvre F, Lefèvre AMC. O sujeito coletivo que fala. Interface Comun Saúde Educ 2006; 10(20):1-8.

Camargo BV, Justo AM. IRAMUTEQ: um software gratuito para dados textuais. Temas em Psicologia. 2013; 21(2):513-518.

O'Brien BC, Harris IB, Beckman TJ, Reed DA, Cook DA. Standards for reporting qualitative research: a synthesis of recommendations. Acad Med. 2014 Sep; 89(9):1245-51.

Pessoa VM, Almeida MM, Carneiro FF. Como garantir o direito à saúde para as populações do campo, da floresta e das águas no Brasil? Saúde Debate. 2018;42(spe1):302–14.

Silva, TD: Ação afirmativa e população negra na educação superior: Acesso e perfil discente, Texto para Discussão, No. 2569, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Brasília.

Costa RC, Ribeiro ILA, Rodrigues LV, Valença AMG. Configuração da cobertura de saúde bucal brasileira e o acesso da população ao serviço público odontológico. Revista Família, Ciclos de Vida e Saúde no Contexto Social. 2018.v. 6(2):p. 212-219.

Schroeder FMM, Sassi RAM, Meucci RD. Condição de saúde bucal e utilização de serviços odontológicos entre idosos em área rural no sul do Brasil. Cien Saude Colet [Internet]. 2020;25(6):2093–102.

da Silva, EKP, Santos PR, Chequer TPR, Melo CMA, Santana,KC, Amorim MM, Medeiros DM. Saúde bucal de adolescentes rurais quilombolas e não quilombolas: Um estudo dos hábitos de higiene e fatores associados. Cien Saude Colet. 2018;23(9):2963–78.

Nascimento, A. C. et al. Oral health in the context of primary care in Brazil. Int Dent J. 2013;63(5):237–43.

Nascimento VAS, Rotolo LM, Knierim GS, Andrade D, Santos MJ dos, Aciole DC de AM. A Formação de Psicólogas (os) para a Atuação nos Contextos Rurais: a experiência da Residência Multiprofissional em Saúde do Campo. Rev. Gest. Políticas Públicas [Internet]. 20 de março de 2016.

UNA SUS (Brasil). Ministério da Saúde (org.). Saúde das populações do Campo, da Floresta e das Águas. 2015. Ofertado pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Disponível em: https://www.unasus.gov.br/cursos/curso/44104. Acesso em: 24 mar. 2024.

Saliba NA, Moimaz SAS, Saliba O, Tiano AVP. Perda dentária em uma população rural e as metas estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde. Cien Saude Colet [Internet]. 2010;15(suppl 1):1857–64.

Xavier, A et al. Condição bucal de uma população amazônica no interior do estado de Rondônia: uso e necessidade de próteses. Arq. Odontol. 2011;47(1)09-17.

Nunes MF, Leles CR.; Gonçalves MM. Gênero e escolha por especialidades odontológicas: estudo com egressos de uma universidade pública. Robrac. 2010; 19(49)142-145.

Ramires I, Buzalaf MAR. A fluoretação da água de abastecimento público e seus benefícios no controle da cárie dentária: cinqüenta anos no Brasil. Cien Saude Colet [Internet]. 2007;12(4):1057–65.

Herkrath FJ, Vettore MV, Werneck GL. Utilização de serviços de saúde bucal em áreas rurais e urbanas do Brasil: análise de equações estruturais de dados de um inquérito nacional. In: congresso brasileiro de ciências sociais e humanas em saúde, 8., 2019, João Pessoa. Anais. João Pessoa: ABRASCO, 2019;2.

Franco CM, Lima JG, Giovanella L. Atenção primária à saúde em áreas rurais: acesso, organização e força de trabalho em saúde em revisão integrativa de literatura. Cad Saude Publica. 2021;37(7).

Voltolini BC, Andrade SR, Piccoli T, Pedebôs LA, Andrade V. Estratégia saúde da família meetings: an indispensable tool for local planning. Texto contexto - enferm. 2019;28.

Dolny LL, Lace JT derda, Nilson LG, Calvo MCM, Natal S, Maeyama MA. Educação permanente em saúde (EPS) no processo de trabalho de equipes de saúde da família (ESF). Braz. J. Hea. Rev. 2020;3(1):15-38.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS - PNPIC-SUS / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. - Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

Tesser CD, Sousa IMC de, Nascimento MC do. Práticas Integrativas e Complementares na Atenção Primária à Saúde brasileira. Saúde debate. 2018;42(spe1):174–88.

Ruela LO, Moura CC, Gradim CVC, Stefanello J, Iunes DH, Prado RR do. Implementação, acesso e uso das práticas integrativas e complementares no Sistema Único de Saúde: revisão da literatura. Ciênc saúde coletiva. 2019;24(11):4239–50.

Massuda A. Mudanças no financiamento da Atenção Primária à Saúde no Sistema de Saúde Brasileiro: avanço ou retrocesso?. Ciênc. saúde coletiva, 2020;25(4):1181–8.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Saúde da Família. Manual instrutivo de financiamento do APS [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde, Departamento de Saúde da Família. – Brasília: Ministério da Saúde, 2021.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


visitas

Indexadores: