Desenvolvimento inicial da soja sob diferentes doses de cloreto de potássio
Resumo
O uso inadequado de cloreto de potássio (KCl) na cultura da soja pode provocar desequilíbrios nutricionais, salinização do solo e redução do desenvolvimento das plantas, comprometendo a produtividade. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de diferentes doses de KCl no desenvolvimento inicial da soja. O experimento foi conduzido em casa de vegetação da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), utilizando a cultivar 96Y90, em delineamento inteiramente casualizado com seis repetições. As doses aplicadas foram 0, 0,055, 0,068, 0,096 e 1,1 g/dm³ de KCl. Avaliou-se a porcentagem de emergência de plântulas aos 12 dias após o plantio, além de altura da planta (AL), comprimento radicular (CR) e massa seca total (MST) aos 30 dias. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e regressão. Os resultados mostraram que o aumento das doses de KCl influenciou significativamente os parâmetros avaliados, ajustando-se a um modelo de regressão quadrático. A dose recomendada de 0,055 g/dm³ (equivalente a 100 kg/ha de K₂O) favoreceu o crescimento inicial da soja. Contudo, a dose intermediária de 0,035 g/dm³ (64 kg/ha de K₂O) apresentou valores máximos para AL, CR e MST, indicando melhor resposta produtiva. Em contrapartida, doses excessivas (0,096 e 1,1 g/dm³) causaram reduções expressivas: até 69% em AL, 62% em CR e 57% em MST. Conclui-se que estratégias de adubação equilibradas, fundamentadas em análise prévia do solo, são essenciais para otimizar o desenvolvimento inicial da soja, garantindo condições adequadas para o alcance do potencial produtivo da cultura.
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PDFReferências
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