TRANSTORNO MENTAIS EM ESTUDANTES DE MEDICINA: REVISÃO DE LITERATURA
Resumo
A formação médica é caracterizada por intensas exigências acadêmicas, emocionais e sociais, tornando os estudantes de medicina especialmente vulneráveis ao desenvolvimento de transtornos mentais como ansiedade, depressão, estresse e transtornos mentais comuns. Diversos estudos evidenciam prevalências alarmantes desses quadros entre acadêmicos da área, associadas a fatores como sexo feminino, falta de apoio emocional, sobrecarga acadêmica, privação de sono e dificuldades de adaptação. Diante desse contexto, este estudo teve como objetivo analisar a prevalência e os fatores associados ao sofrimento psíquico em estudantes de medicina, identificando também elementos de proteção descritos na literatura. Trata-se de uma revisão narrativa realizada entre abril e maio de 2025, com levantamento de artigos publicados entre 2006 e 2023 nas bases PubMed, SciELO, LILACS, BVS e Google Scholar, utilizando descritores em português, inglês e espanhol relacionados à saúde mental na formação médica. Foram incluídos estudos quantitativos, qualitativos e revisões que abordaram ansiedade, depressão, risco de suicídio, uso de psicotrópicos e fatores psicossociais. A análise demonstrou que, apesar da existência de fatores protetores como atividade física, espiritualidade, suporte social e inteligência emocional, esses recursos são insuficientes frente à estrutura rígida e excludente dos cursos de medicina. Conclui-se que há uma urgente necessidade de políticas institucionais permanentes de prevenção e promoção da saúde mental, com foco em estratégias de acolhimento, escuta e cuidado contínuo, como parte integrante da formação médica.
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